terça-feira, 18 de março de 2014

Como é possível recuperar um rio poluído?


 Para a recuperação de um rio poluído é necessário coletar, destinar para o tratamento e tratar os efluentes, anteriormente de lançá-los no rio. De acordo com a Comissão Mundial de Águas, mais da metade dos maiores 500 rios do mundo enfrentam sérios problemas de poluição. No Brasil um exemplo disso é o Rio Tietê, um dos rios mais poluídos do mundo. Na região metropolitana de São Paulo, recebe 400 toneladas de esgoto por dia, sendo considerado morto por não possuir oxigênio, só sobrevivendo organismos que não necessitam de oxigênio como certos tipos de fungos e bactérias. 
  O principal poluente é o esgoto doméstico. "Quase 5 milhões de pessoas ainda têm seus detritos lançados diretamente no rio", afirma o engenheiro Lineu José Bassoi, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).
 O Rio Tâmisa na Inglaterra era o rio mais poluído da Europa no século XIX e foi despoluído a partir da década de 60 através de um sistema de estações de tratamento que removeu 100 % dos esgotos lançados no rio, que hoje é limpo e possui peixes vivendo no mesmo.
 A despoluição do Rio Tietê é mais difícil por que recebe um volume maior de esgoto e possui menor vazão, diluindo menos o esgoto, e por que há separação da água pluvial e do esgoto. "No Brasil, só o esgoto é filtrado. A galeria pluvial, que vai direto para o rio, possui um número imenso de ligações de esgoto clandestinas", diz o engenheiro Antonio Marsiglia Netto, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
 Uma das soluções para tratar o esgoto seria instalar estações de tratamento dentro do próprio rio. Outra ação essencial é aumentar a quantidade de esgoto tratado, que hoje está em 64% na região metropolitana de São Paulo - tarefas que levarão pelo menos mais 20 anos.
Frentes de ação da limpeza do Rio Tietê
 Tratar a origem do problema
O Tietê sofre a ação de três tipos de poluição: a industrial, a difusa (formada pelo lixo de casas e das ruas levado pela chuva) e a do esgoto doméstico, a mais prejudicial de todas, sendo necessário ampliar a coleta de esgoto, estações de tratamento e fiscalizar lançamentos ilegais de esgoto no rio.
Barras de proteção
Parte do encanamento da rede de esgotos conta com grades para  barrar os resíduos sólidos que vão para o rio. 
Câmera espiã
Para identificar ligações de esgoto clandestinas nas galerias de águas pluviais (que recolhem a água da chuva), uma minicâmera passa pela tubulação. A cada ano, são descobertas 70 mil ligações irregulares!
Oxigênio em dose extra
Uma das melhores opções para remover a sujeira que cai no rio é a chamada estação de flotação. No fundo do rio, uma rede de tubos injeta microbolhas de oxigênio que fazem a sujeira boiar, facilitando sua retirada. Uma usina experimental de flotação, montada no rio Pinheiros (que joga água no Tietê), deve entrar em operação nos próximos dois meses.
Rebaixamento do leito
O aprofundamento de 2,5 metros da calha do Tietê, aumentando sua profundidade, visa evitar enchentes. Mas um fluxo de água maior também ajuda na despoluição. Além de areia e terra, as dragas já retiraram mais de 85 mil pneus do fundo do rio!
Filtragem limitada
Cerca de dois terços do esgoto da Grande São Paulo passam por uma das cinco estações de tratamento da região antes de chegar ao rio. A água que sai daqui para o Tietê é água de reuso - serve para irrigação e indústrias, mas não é potável.
Modernização industrial
Mercúrio, zinco, chumbo e outros metais pesados ainda aparecem no Tietê, mas em concentrações muito menores que em 1992, quando começou o trabalho de despoluição. Hoje, 90% das indústrias poluentes têm algum tipo de tratamento próprio para seu esgoto químico.
  Fonte: Ed. Abril por Rodrigo Ratier

segunda-feira, 10 de março de 2014

Despejo ilegal de Esgoto Industrial em São Paulo



Indústrias descartam cerca de 10 milhões de litros de efluentes com resíduos tóxicos por hora em rios e lagos da Grande São Paulo, é o equivalente a área de dois parques do ibirapuera por dia, revela estudo inédito da FGV
"Esse descarte obriga as concessionárias de saneamento a captarem água a mais de 80 km da capital a custos elevadíssimos. Equacionar essa questão certamente poderia reduzir o risco de desabastecimento de água na região”, afirma Gesner Oliveira, coordenador da pesquisa e ex-presidente da Sabesp.
Segundo dados da Cetesb, 42% das águas monitoradas em 2012 foram classificadas como péssimas, ruins ou regulares. Três pontos de captação, em particular, apresentaram situação crítica: Braço de Taquacetuba, Rio Cotia e Rio Tietê.
A população também sofre os efeitos. Os resíduos industriais podem causar contaminação por metais pesados, provocando desde efeitos leves como irritações na pele e dores de cabeça até reduções das funções neurológicas e hepáticas, rinites alérgicas e dermatoses.
O estudo da FGV levou em conta os dados de descarte de 58.373 indústrias classificadas como de transformação. A água consumida por essas instalações tem duas origens: ou é captada diretamente no manancial, com permissão dos órgãos competentes, ou vem de redes públicas de abastecimento. Cerca de 9 litros a cada 10 litros consumidos pela industria tem origem em poços artesianos.
Para solucionar o problema do descarte ilegal de efluentes deveria ser intensificada a fiscalização nas indústrias, ações de educação ambiental para conscientização do impacto ambiental que gera, selos ambientais, incentivos fiscais, e monitoramento do uso de água subterrânea, para verificar quanto foi utilizado de água, e efluente gerado, que deve ser destinado a estações de tratamento.
A Desentupidora Desentupir 24h remove efluentes e realiza a destinação adequada para Estações de Tratamento de Efluentes. Necessita de limpeza de fossas sépticas, esgotos sanitários, banheiros químicos, caixas de gordura, poços de recalque, sumidouros, inundações e lamas em obras? 
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Fonte: Exame Abril