segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Aspectos ambientais e toxicológicos dos metais pesados

Conheça os aspectos ambientais e toxicológicos de alguns metais pesados.

    Arsênio
    • Elemento de ocorrência natural na crosta terrestre;
    • Quando puro apresenta-se acinzentado;
    • Encontra-se, geralmente, combinado com: oxigênio, cloro, enxofre etc;
    • Apresenta-se na forma de compostos orgânicos e inorgânicos, oriundos de fontes naturais e/ou antropogênicas.

    Propriedades físico-químicas
    O Arsênio pertence ao Grupo VA da Tabela Periódica. É um elemento metalóide, cor cinza-prateada e estado sólido cristalino (As) / PA-74,92g/d = 5,72g/cm3 / PF = 817ºC a 28 atm / PE = 613ºC (sublima).
    Compostos químicos
    Arsenato de Cálcio [Ca3(AsO4)2] e o Arsenito de Cálcio [Ca(AsO2)2] são hidrossolúveis, sendo que o arsenato de sódio (Na3AsO4)e o arsenito de sódio (NaAsO2), possuem solubilidade em água mais elevada. O trióxido de arsênico e o ácido arsênico (H3AsO4), são também solúveis na água, sendo que o trissulfeto de arsênico (As2S3) é praticamente insolúvel na água. Quando aquecidos sofrem decomposição, emitindo fumos arsenicais tóxicos.

    A arsina (AsH3), é um gás incolor com odor de alho solúvel na água e pouco solúvel na água, no álcool e em álcalis.
    Exposição humana
    • A exposição humana ao Arsênio (As) poderá ocorrer a partir de fontes naturais e antropogênicas;
    • Pela sua ampla distribuição no ambiente, o homem expõe-se a baixos teores do metal;
    • Os alimentos (peixes e crustáceos) constituem-se na principal fonte de exposição ao Arsênio (As) e quantidades menores são oriundas da água potável e do ar;

    Fontes naturais de exposição
    •  Regiões com elevadas concentrações de As-inorg. na água;
    •  Solos contendo minas de arsênico; com ingestão do metal sob a forma de partículas por crianças;

    Fontes antropogênicas
    • Depósitos finais de rejeitos químicos;
    • Manufatura (fusão) de cobre e outros metais;
    • Combustíveis fósseis;
    • Praguicidas;
    • Raticidas;
    • Usos em tintas, corantes etc.

    Toxicocinética
    Absorção
    Pulmonar: tamanho da partícula, solubilidade e forma química; As+3 é a principal forma presente no material particuladoTGI : superior a 90% tanto como As+3 como As+5Cutânea: dados da literatura inconclusivos

    Distribuição
    • Elevada ligação aos eritrócitos; (3 vezes superiores ao plasma);
    • Baixa ligação às proteínas plasmáticas
    • Deposita-se nos cabelos, unhas (Linhas de Mee's) e pele;
    • As formas inorgânicas atravessam a barreira placentária;
    • Concentrações no cordão umbilical são semelhantes às do sangue materno.
    Biotransformação
    • Fase I : As +5 Þ As +3
    • Fase II : As+3 Þ As+2-CH3 (AMA) Þ CH3AsCH3 (ADA)
    • O ácido dimetilarsínico é o principal produto de biotransformação;
    • A metilação reduz a toxicidade dos compostos;
    • A toxicidade é resultante da limitação da metilação do As.

    Excreção
    • Urina: 10% Arsênico inorgânico; 10-20% Ácido monometilarsínico; 60-80% ácido dimetilarsínico (ácido cacodílico)
    • T1/2 após exposição aguda: 10 horas (As inorgânico), 30 horas (As orgânico);
    • Descamação da pele e suor: Arsênico inorgânico.

    Mecanismos de ação tóxica
    • Efeito tóxico do As é devido principalmente a sua forma trivalente;
    • Possui grande afinidade por grupos sulfidrilas de enzimas e proteínas;
    • Admite-se a redução mitocondrial do As+5 Þ As +3 , que exerceria efeitos tóxicos;

    Efeito tóxico principal

    Inibição da respiração mitocondrial;

    Competição com fosfato durante a fosforilação oxidativa;

    Inibe a conversão de piruvato a Acetil-COA, pela reação com ácido Lipóico;

    Reage com 2-cetoglutárico desidrogenase, impedindo a conversão a Succinil COA, o que desacopla a fosforilação oxidativa e estimula a ATPase mitocondrial.
    Sinais e sintomas da intoxicação
    Efeitos tóxicos agudos
    • Cardiotoxicidade: arritmias cardíacas com evolução a falência cardiovascular;
    • Toxicidade ao TGI: irritação, náuseas, vômitos; semelhantes à água de arroz com odor aliáceo
    • Toxicidade hematopoiética: anemia e granulocitopenia;
    • Neurotoxicidade: perda da sensibilidade periférica.

    Efeitos tóxicos crônicos
    • Hepatotoxicidade: icterícia, cirrose hepática (alterações na estrutura das mitocôndrias);
    • Doença vascular periférica: acrocianose;
    • Neurotoxicidade: periférica e central - alterações sensoriais, parestesia, fraqueza,etc... A neuropatia periférica envolve neurônios sensoriais e motores;
    • Carcinogenicidade: reconhecido com causador de câncer de pele e pulmão em humanos;
    • Outros: Hemangiosarcoma do fígado, adenocarcinoma renal, carcinoma.

    Indicadores biológicos de exposição
    Sangue: avalia exposição recente apenas nos casos de intoxicação aguda;Urina: avalia exposição recente nos casos de intoxicação aguda e crônica;Cabelo: avalia exposição passada, deve-se distinguir de contaminação pelo meio ambiente;Unhas: avalia exposição passada, deve-se distinguir de contaminação pelo meio ambiente;Recomendações para coleta: no último dia da jornada de trabalhoIBMP recomendado pela NR-7/MT/Brasil: As inorgânico na urina: 50m g/g de creatininaVR recomendado pela NR-7/MT/Brasil: As inorgânico na urina: até 10m g/g de creatininaMercúrio          

    Único metal pesado em estado líquido nas CNTP;

    Presente no meio ambiente sob a forma de compostos orgânicos e inorgânicos;

    Responsável por vários casos de intoxicação humana e animal;

    Largamente empregado nos garimpos de ouro da Amazônia;

    O mercúrio é largamente usado nos diversos ramos de atividade humana;
    Fontes naturais: desgaseificação da crosta terrestre e erupções vulcânicas, queima de combustíveis fósseis;Fontes Antropogênicas: mineração (amalgamação do ouro), indústrias cerâmicas, farmacêuticas, instrumentos de medição, elétricos, baterias, soda caústica, produção de cosméticos, manufatura de produtos texteis, etc.
    Exposição aguda
    • Tentativas de homicídio ou suicídio;
    • Acidentes com aparelhos de precisão.

    Exposição crônica
    Ocupacional: garimpagem, fábrica de lâmpadas, odontologia etc.Ambiental: desgaseificação da crosta terrestre, ar e água contendo elevados teores do metal.Alimentos: peixes contendo teores elevados do metal.Medicamentos: medicamentos tópicos e amálgama dentário.
    Toxicocinética
    Absorção

    T.G.I. Hg+2 - 7-15%

    Hg0 - <0,01%

    CH3Hg+ - 90-95%

    PULMÃO: Hg+2 - 7-10%

    Hg0 - >95%

    CUTÂNEA: Hg0 - 15%

    CH3Hg+ 50%
    Distribuição
    • Amplamente distribuídos pelo organismo humano;
    • Secretado pelo leite materno ( 5% dos teores maternos);
    • Rins possuem elevados teores ( exposição a Hg0 e Hg+2);
    • S.N.C. possui elevados teores de organomercuriais ( córtex);

    Passagem pela placenta: Uptake de organomercuriais é 10 a 40 vezes superior aos mercuriais inorgânicos.
    Biotransformação
    • Oxidação do Hg0 a Hg+2 pelas catalases;
    • Clivagem da ligação mercúrio - carbono dos organomercuriais.

    Excreção
    • Hg0 Pequena fração inalterada no ar exalado
    • Urina: Hg+2 Urina ( principal)
    • Fezes: CH3Hg+ Fezes (90%)
    • Urina: quando ionizado
    • t ½ : metilmercúrio : média de 70 dias
    • mercúrio inorgânico: 35- 90 dias

    Mecanismos de ação tóxica
    • Grande afinidade por grupos sulfidrilas constituintes de enzimas e proteínas essenciais ao organismo;
    • Ligação a enzimas microssomais e mitocondriais acarretando injúria celular não específica e morte celular;
    • Patologia de cunho imunológico (glomerulopatia)

    Sinais e sintomas de intoxicação
    • Depressão, fadiga, tremores, parestesias, descontrole motor, perda da memória;
    • Estomatite, dentes soltos;
    • Alucinações, febre;
    • Teratogenia;
    • Redução do campo visual.

    Avaliação da exposição humana
    • Mercúrio inorgânico
    • Urina: Informação de exposição em andamento
    • Válida em exposição contínua, por no mínimo 12 meses;
    • Valor de referência: 3,5 m g/g de creatinina;
    • IBMP/NR-7/MT: 35m g/g de creatinina
    • Sangue: influenciada pelo consumo de alimentos;
    • IBMP/ACGIH/USA: 15m g/L
    • Organomercuriais;
    • Sangue: atualmente empregado;
    • LTB/ACGIH/USA: 10m g/dL
    • Cabelo: empregado na avaliação de exposição ambiental;
    • distinguir de exposição ocupacional;
    • valores de referência 1,0m g/g

    Cádmio         

    Elemento naturalmente presente na crosta terrestre;

    Coloração branco prateada;

    No meio ambiente encontra-se associado ao oxigênio, cloro ou enxofre.
    Propriedades físico-químicas

    Pertence ao grupo IIB da Tabela Periódica / Possui elevada pressão de vapor;

    PF = 320,90C / PE = 7650C/ Oxida-se rapidamente no ar em forma de vapor produzindo CdO / Dissolve-se em soluções ácidas e no NH4NO3;

    Sulfetos, carbonatos e óxidos são quase insolúveis na água, ao passo que os nitratos, halogenatos e sulfatos são hidrossolúveis.
    Exposição humana ao cádmio
    Alimentos: frutas, bebidas, vegetais e batata;Fumaça do Cigarro: 2 a 40 ppb ( 1-3m g/dia);Indústrias:
    • Produção de ligas metálicas;
    • Praguicidas;
    • Equipamentos elétricos (transistores, baterias, etc.);
    • Produção e uso de tintas;
    • Produção de plásticos;
    • Trabalhos de Impressão.

    Exposição aguda
    • Tentativas de homicídio e suicídio;
    • Ingestão acidental de alimentos e bebidas com altos teores do metal;

    Exposição crônica
    Ocupacional: galvanoplastia, soldagens, baterias, etc.Ambiental: Cigarros e ar de regiões contaminadas pelo metal;Alimentar: carnes, frutas e peixes ( 1- 50 m g/Kg) elevadas concentrações em mariscos.
    Toxicocinética
    • Absorção via respiratória:
    • Aerossóis, poeiras e fumos;
    • Absorção estimada em 0,1 a 50%;
    • Influenciada pelo tamanho e propriedades químicas.

    Absorção via cutânea:
    • Insignificante, necessita de maiores estudos;
    • TGI, 3 a 7% são absorvidos;
    • Mãos contaminadas e depuração de partículas da via respiratória.
    Distribuição
    • Eritrócitos ligado a metalotioneínas;
    • Ligação a outras proteínas de elevado peso molecular;
    • 40-80% deposita-se no fígado e rins (1/3);
    • 20% deposita-se nos músculos;
    • t ½ :10 a 30 anos;
    • Pouca passagem pela placenta que possuí

    Excreção
    • Urina: principal via de excreção;
    • Fezes: fração não absorvida
    • Mecanismos de ação tóxica
    • Danos renais;
    • Danos ósseos;
    • Danos ao sistema cardiovascular.
    Sinais e sintomas de intoxicação
    Intoxicação aguda: transtornos gastrintestinais, traqueobronquite, pneumonia e edema pulmonar (óbito por doença pulmonar > 20%)Intoxicação Crônica: transtornos gastrintestinais, anemia, eosinofilia, descoloração dos dentes, enfisema pulmonar, hipertensão arterial, danos ao miocárdio, doença renal.
    Diagnóstico da intoxicação
    Urina: útil após 06 meses de exposição crônica, quando indica a exposição recente;
    Sangue:
     indica apenas exposição recente;
    B2 microglobulina:
     evidencia lesões precoces nas células renais;
    Metalotioneínas e proteína ligada ao retinol:
     faltam estudos complementares;
    VR- NR-7/MT/Brasil:
     2m g/g de creatinina;
    IBMP- NR-7/MT/Brasil:
     5m g/g de creatinina;
    VR-ACGIH/USA:
     0,6 m g/L de sangue;IBMP- ACGIH/USA: 5 m g/L de sangue.
    Chumbo           

    Metal largamente empregado pelo homem desde tempos antigos;

    As concentrações de chumbo no organismo humano decaíram após a retirada deste da gasolina;

    A exposição humana ocorre por fontes naturais e antropogênicas.

    Propriedades Físicas e Químicas


    É um metal dúctil, maleável, de cor prateada ou cinza-azulada, resistente à corrosão / Pertence ao grupo IV-B da Tabela Periódica;

    PA = 207,2g/ d = 11,35g/cm3 a 200C / PF = 327,50C / PE = 17400C;

    Em alguns países, o Pb (C2H5) e o Pb (CH3)4 ainda são usados como aditivos de combustíveis, sendo que estes compostos apresentam lipossolubilidade.
    Exposição humana ao chumbo
    Fontes Naturais:
    Fontes Antropogênicas:
    • Mineração, fundição e refino de Pb e outros metais;
    • Indústrias petrolíferas;
    • Indústrias de cerâmicas: utensílios domésticos;
    • Mecânica de veículos;
    • Produção de vidro e produtos de borracha;
    • Produção de tintas ( brinquedos) e produtos cosméticos;
    • Encanamentos de água;
    • Construção civil.

    Exposição Aguda
    • Tentativas de homicídio e suicídio;
    • Ingestão acidental de alimentos e bebidas com altos teores.

    Exposição Crônica
    Ocupacional: galvanoplastia, soldagens, baterias, petrolífera, cerâmica, cabos, tubulações e munições etc.
    Ambiental:
    tintas, água e ar de regiões contaminadas pelo metal;
    Alimentar:
     alimentos e água com elevados teores do metal.
    Toxicocinética
    TGI: adultos estimada entre 5 a 15%; crianças é estimada entre 30 a 40%;

    absorção é favorecida pela redução da ingestão de Ca e Fe;
    Pulmão: particulado, poeiras e pós;
    • influenciada pelas concentrações no ar e propriedades físico- químicas do material;
    • partículas com diâmetro inferior a 5m m são absorvidas em frações superiores a 90%.
    Cutânea: elevada absorção de compostos orgânicos de chumbo
    Distribuição
    • Ossos: t ½ de até 20 anos;
    • Elevadas concentrações ( superiores a 50%);
    • Remoção lenta;
    • Aumenta a concentração com o passar da idade;
    • Durante a vida: concentração é de 200 a 500mg;
    • Mobilizado: gravidez, osteoporose, etc.
    • Tecidos moles: reduzida t ½ de 35 dias;
    • Cérebro: hipocampo, cerebelo e medula.

    Excreção
    • Filtração glomerular;
    • Há reabsorção tubular;
    • Em elevadas concentrações há transporte transtubular.
    • Mecanismos de ação tóxica
    • Neurotoxicidade;
    • Nefrotoxicidade;
    • Toxicidade para o sangue.

    Intoxicação Crônica
    Alteração encéfalo - polineurítica: encefalopatia- alterações subclínicas sensoriais e das funções psicomotoras ( disfunção visual, mudança de personalidade, etc)Alteração astênica: fadiga, dor de cabeça, insônia, dores musculares, parestesia e paralisia dos músculos tensoresAlteração hematológica: anemia hipocrômica moderada com microcitose, reticulocitose e aumento dos pontos basófilos nos eritrócitosAlteração renal: nefropatia não específica, proteinúria, aminoacidúria, uricacidúria, etc.Alterações cardiovasculares: miocardite crônica, aterosclerose precoce com alterações cerebrovasculares e hipertensão.Alterações hepáticas: hepatite tóxicaAlterações gastrintestinais: cólicas satúrnicas (espasmos musculares devido a irritação vagal) anorexia, constipação ou diarréia.
    Diagnóstico da intoxicação
    Chumbo no sangue: Correlaciona-se com as concentrações no ar;
    • Avalia exposição recente;
    • Valor de referência 40m g/100mL;
    • BMP: 60m g/100mL
    Chumbo na urina: Avalia exposição recente;
    • Pouco exato;
    • Interferentes: fatores ambientais, dieta, ingestão de líquidos e função renal;
    • IBMP: 100m g/g de creatinina.
    Zinco protoporfirina: Boa correlação com o chumbo no sangue;
    • Tempo elevado entre exposição e aumento nos teores;
    • Após exposição permanece por longo tempo elevada;
    Interferentes: anemia hemolítica,deficiência nutricional de Fe, protoporfirina eritropoiética;
    • Valor de referência: 40m g/100mL;
    • IBMP: 100m g/100mL.
    ALA Urinário: Indicador biológico de efeito crítico;Interferentes: porfiria intermitente, tirosinemia hereditária.
    • Valor de referência: 4,5mg/g de creatinina;
    • IBMP: 10,0mg/g de creatinina

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    Manganês
    É um metal de cor cinza, sendo mais duro e quebradiço que o Fe / Pertence ao Grupo VII-B da Tabela Periódica / PA = 54,938g/ d = 7,21 a 7,40 g/cm3 (dependendo de forma alotrópica) / PF = 1.2600C / PE = 19620C / Apresenta boa solubilidade em ácidos inorgânicos diluídos.

    Os óxidos, carbonatos e silicatos são os mais abundantes na natureza; apresentando insolubilidade na água. O MnCl2 é pouco hidrossolúvel .

    O composto denominado ciclopentadienila tricarbonila de manganês [MCT, C2H5 - Mn(Co)3] é pouco solúvel na água e muito solúvel na gasolina, óleo e álcool etílico.

    O minério de Mn de maior ocorrência na natureza é a pirolusita, com 40% a 80% de MnO2, e, sua extração é uma importante fonte de exposição: ligas Fe/Mn e Fe/ Si/ Mn, fósforo de segurança, pilhas secas, ligas não ferrosas (Cu e Ni), esmalte porcelanizado, fertilizante, fungicidas, rações para animais, eletrodos para solda, catalisadores, vidros, tintas, cerâmica, materiais elétricos e produtos farmacêuticos.

    As exposições ocupacionais mais significativas ocorrem pelos fumos e poeiras do Mn.

    Nas exposições ocupacionais, a principal via de introdução e absorção de manganês é o trato respiratório.

    No sangue, o manganês encontra-se principalmente nos eritrócitos, e sua concentração é cerca de 20 a 25 vezes superior à plasmática. Encontra-se em níveis mais elevados, no fígado, conjugado aos sais biliares.

    Também são encontrados níveis relativamente elevados nos pulmões, rins, glândulas endócrinas (tireóide, pituitária, supra-renais), intestino delgado e testículos.

    O manganês atravessa a barreira hematoencefálica.

    Os ossos e o cérebro são sítios de eliminação mais lenta.

    A principal via de eliminação é a biliar, e, ela parece ser o principal mecanismo regulador dos níveis de manganês nos tecidos.

    Meia vida biológica de 37 dias.
    Mecanismo de ação tóxica

    Comprometimento do sistema extrapiramidal;

    Semelhança com o parkinsonismo.

    Sinais e sintomas de intoxicação

    Anorexia, cefaléia, insônia e fraqueza geral;


      Manifestações extrapiramidais: distúrbios da fala e redução da habilidade nos movimentos finos;

      Alterações neurológicas e psicomotoras: hipertonia muscular, astenia, parestesias, dores musculares, alteração da fala e da libido.
      Diagnóstico laboratorial

      Determinação da manganúria:

      Valores de referência: 1 a 10ug/mL

      (Conteúdo das apostilas do Curso Aspectos Ambientais e Toxicologicos dos Metais Pesados, ministrado por Geraldo de Assis Guimarães e José Luiz Vieira (autor das apostilas) realizado na SEPAT-PA do CREA-PA nos dias 15 e 16 de dezembro de 2000).
      Autor: Prof. Geraldo de Assis Guimarães
    http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/artigos/aspectos_ambientais_e_toxicologicos_dos_metais_pesados.html

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